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As horas diminuíram...

As horas diminuíram...

Atualmente o tempo esta passando mais rápido, ou é só uma sensação psicológica? 

Especialistas da área explicam o tema e como é tratado na atualidade

 

Acordar, tomar banho. Café da manhã, ir para o trabalho, almoçar, café da tarde, voltar para casa um pó, quando não, com serviços extras, a titulada ‘tarefa de casa’. Enfrentar o trânsito, aula de inglês, academia, deveres. Para o jantar, um lanche em frente à televisão ou computador. Meia noite, hora de dormir, pois amanhã cedo é outro dia. É tanta coisa para fazer que parece que o tempo diminuiu.

Para o doutor em linguística, Luiz Carlos Borges, o tempo é um fenômeno complexo que até hoje não tem explicação. “Há muitas, parciais e provisórias tentativas de conceituação. Mas o fato mesmo é que, em relação ao tempo, ficamos ou continuamos na mesma situação de Santo Agostinho ao dizer que cada um de nós tem a impressão de saber exatamente o que o tempo é, mas, quando instados a explicar o que é o tempo, percebemos que nada sabemos”, afirma Borges.

Mas e o tempo atual, o contemporâneo, essa correria do dia a dia, será que acelerou que o dia não tem mais 24 horas, o movimento de rotação da Terra que determina o dia e a noite antecipou também?

Para o filósofo e doutor em educação, Mario Sergio Cortella, não é que o tempo esta passando mais rápido, mas o dia a dia das pessoas esta repleto de ocupações e deslocamentos que não as deixam livres para acalmar a velocidade.

“Como confirmou Einstein (Albert Einstein, físico alemão, 1879-1955), o tempo é relativo à velocidade”, destaca Cortella.

Maior velocidade das alterações, sensação aguda de esvaimento das horas, dias e anos, turbinamento acelerado das práticas e pensamentos, com ausência de momentos menos superficiais de reflexão e meditação sobre as mesmas práticas, são algumas das características do tempo contemporâneo, apontadas pelo filósofo Mario Sergio Cortella.

Ainda segundo Costella, esses distintivos surgiram pela mudança nos modos de produzir, circular, distribuir e consumir ideias e coisas, resultante de uma exuberância tecnológica inédita, com suportes e plataformas de execução de tarefas que imprimiram uma pressa e uma instantaneidade na vivência cotidiana.